segunda-feira, 27 de abril de 2009

Trabalho em conjunto


Num teve alguém que disse um dia aí que "o amor vai bater na sua porta"? Pois bem. Muita calma nessa hora. Assim que ele chegar, primeiramente olhe no olho mágico. Sim, no olho mágico. Agora façamos uma pequena relação de valores. Vamos pensar que a porta é o coração, e o olho mágico é a razão. Após fazermos essa relação, pensemos: 'Eu dei meu endereço pra esse tal de amor, foi?' 'Onde foi que essa criatura descobriu onde eu moro, pra vir aqui bater na minha porta'? É nesse momento que começa a auto-discussão entre a porta e o olho mágico. Você fica ali, querendo abrir a porta, mas aí pensa melhor, olha no olho mágico e desiste. Pensa novamente em abrir, e de novo o olho mágico insiste em aparecer na história. Você pergunta para o amor o que ele foi fazer ali na sua casa, e então ouve uma resposta do tipo "Vim te fazer feliz". Mas você não acredita, é claro, num mundo tão violento como esse de hoje, pode ser um ladrão querendo roubar sua calma e tranquilidade. E é aí que o olho mágico vai e entra em ação definitivamente. Mas não é qualquer olho mágico não. O seu é daqueles que olham por dentro da alma. Ele está ali pra te fazer pensar melhor, ver os prós e os contras, ver se vale ou não a pena. Mas a porta persiste em querer abrir assim, facilmente, sem nem deixar o amor mofar um pouquinho ali no corredor, sentado no tapete. Assim são as portas. Elas insistem em acelerar o processo. Enquanto ela quer porque quer ser aberta, o olho mágico quer porque quer te fazer, primeiramente, observar. É o açúcar e o sal. Enquanto um está a 100km/h, o outro está a 20km/h, bem cauteloso. Agora... não me pergunte quem sai ganhando nessa história, porque senão eu vou ficar te devendo uma resposta. Até porque, existem portas de madeira e portas de ferro. Assim como existe olho mágico transparente e olho mágico

Fosco.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Confumento de pensação - parte IV


Aprender é apreender conhecimento.

Saber escutar os outros nada mais é do que saber dizer com os ouvidos.

sábado, 18 de abril de 2009

Verbalizando


Sonhe. No sonho você pode ser aquilo que sempre quis, pode realizar desejos inrealizáveis, pode subir no alto da maior montanha e ser montanha. Acredite. O futuro é um presente do presente. Que pode ser, ou não, de grego. O amanhã, é o hoje mal resolvido. Saboreie o agora. Aproveite seu sagrado minuto lhe dado diariamente e mergulhe. Mergulhe nesse oceano chamado Momento. Seja aquilo que quiser ser, na hora que bem quiser. Faça sua história e a conte futuramente pros seus netos. Plante uma árvore, escreva um livro, saia por aí de palhaço. Descubra um pouco mais de você, nos outros. Renove-se constantemente para não enjoar de si mesmo. Transfigure-se! Recicle aquilo que você tem de melhor.

Torne-se parte de um inteiro, e seja inteiro em toda parte.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Música para baixar (MPB) - parte II


De Cuiabá para todo o Brasil. Assim é o Vanguart, que surgiu no ano de 2002 e é composto por cinco integrantes. Com uma pegada folk rock inspirada no som de Bob Dylan e Johnny Cash, o quinteto já rodou boa parte do país fazendo shows em variados festivais de música, tornando-se um dos mais importantes nomes do cenário independente dos últimos anos, chamando a atenção de diversos setores da mídia nacional.

A banda lançou, em 2007, seu primeiro álbum, intitulado homonimamente de Vanguart. O cd contém músicas cantadas em três línguas (português, inglês e espanhol), e a maioria delas composta pelo vocalista Helio Flanders. E recentemente, em março deste ano, saiu o segundo cd e primeiro dvd da banda, o Multishow Registro - Vanguart.

Então é isso, quem tiver afim de escutar esse som mato-grossense, é só baixar:


*CD Multishow Registro - Vanguart (2009): http://www.4shared.com/get/100648686/c48aee/Registro.html

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Avante

De vez em quando experimente sair por aí caminhando. Abra teu guarda-roupa, pegue uma roupa confortável, e saia por aí, para arejar as idéias. E enquanto caminha, pense como é que foi seu dia, como pretende que ele seja amanhã e por que não foi tão bom ontem. Reflita sobre seus amores, suas paixões e seus rancores. E imagine o que você pode fazer para melhorar a si mesmo. Para melhorar seu auto-contexto, para aumentar seu tesão de viver, ser e estar. Caminhe ainda por mais alguns minutos, olhe as paisagens, os inventos e as miragens. Perceba o quanto tudo ao seu redor tem uma importância, um valor, um sabor. Dobre as esquinas, as ruas e avenidas. Atravesse os sinais, mas sempre que eles estiverem no vermelho e você no amarelo. Opa, cuidado pra não tropeçar. Mas se tropeçar, não tem problema não, levanta a cabeça e continua caminhando. Sim, caminhando, e não correndo. Pra que pressa? Vai pegar o trem? Se for de trem ou a pé, vai acabar indo pro mesmo lugar, então pra que diabos os carros e não os bois? Continue caminhando. E respire fundo, pra manter o ritmo. Inspire coisas boas, e boas vibrações. Inspire-se e expire o que não vale a pena ter dentro de você. Tire essas poluições do seu pulmão, da sua mente e do seu coração. Continue caminhando, só que em direção à sua casa. E repita isso diariamente. No dia que essa caminhada não fizer mais efeito em você, não se preocupe! A culpa não é sua, deve ser do seu tênis. Oh maldito capitalismo selvagem.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Música para baixar (MPB) - parte I


Uma 'feijoada búlgura'. É assim que a banda (independente) brasiliense Móveis Coloniais de Acaju se autodenomina. Além de destaque nos mais importantes festivais do Brasil, o show do Móveis tem se consolidado como um dos melhores da atualidade. Com letras bem humoradas e uma frenética mistura de ritmos, a banda mescla rock, ska e samba, além de agregar bateria, guitarra, baixo, sax (barítono e tenor), trombone, flauta e gaita. Ufa! Tudo isso sob o comando da performance vocal de André Gonzales.

O Móveis possui dois álbuns:
- O Idem, lançado em 2005
- E o C_mpl_te, lançado agora em 2009

Caso alguém queira conhecer melhor essa banda que, para mim, possui um dos sons mais contagiantes do cenário nacional atual, é só baixar:

*Idem:

quarta-feira, 1 de abril de 2009

1° de Abril


A mega sena acumulara. O prêmio era de cinquenta e dois milhões de reais. O sorteio aconteceria logo mais, às vinte horas, e eu ainda não havia feito minha aposta. As casas lotéricas fechavam às dezoito, bem no horário do fim do meu expediente, mas por sorte, naquele dia fui liberado cinco minutos antes. Desci tropeçando as escadas do estabelecimento onde trabalhava e saí correndo em direção à lotérica mais próxima, localizada na Rua 48. Assim que cheguei lá, avistei a fila da entrada, me juntei a ela e contei que eu era o décimo da fila. Segundos depois, um funcionário da lotérica fechou a porta de vidro e avisou que nenhum apostador poderia mais entrar. Olhei o relógio, vi que tinha acabado de dar dezoito horas e então percebi a sorte que tive ao chegar segundos antes no recinto. Peguei uma cartela e me dirigi a uma bancada para escolher os números. Decidi marcar aqueles que tinham alguma relação com as minhas duas recentes sortes: primeiro marquei o número cinquenta e dois, por ser o valor estimado do prêmio. Depois risquei o vinte, relacionando ao horário do sorteio. Em seguida assinalei o cinco, pelos minutos liberados mais cedo naquele dia. Aí marquei os números quarenta e oito pelo endereço da lotérica, o dezoito por conta da hora que ela fechava e o dez devido à posição na fila. Esperei ser chamado, entreguei minha cartela à funcionária e em seguida ela registrou minha aposta. Saí da lotérica, peguei um ônibus e fui para casa. Tomei um banho e, quando notei, só faltavam alguns minutos para o sorteio. Liguei a televisão e deitei no sofá enquanto mudava diversas vezes de canal. Olhei o relógio e vi que já eram oito da noite. O sorteio estava para começar. Voltei ao canal que iria transmiti-lo no momento em que o apresentador fazia algumas considerações iniciais. Terminada a ladainha, as bolinhas numeradas começaram a chacoalhar nas esferas de ferro. Uma ajudante parou de girar a primeira esfera. Ela levou a bolinha ao locutor e ele revelou o primeiro número sorteado: ‘vinte’. Levantei do sofá, peguei meu bilhete na carteira e confirmei meu primeiro acerto. A auxiliar girou a segunda esfera e após alguns segundos retirou a segunda bolinha: ‘número dez’. Gritei de alegria e abri um largo sorriso. A mesma ajudante foi girar a esfera seguinte. Ela entregou a terceira bolinha sorteada ao locutor e o mesmo anunciou que o número da vez era o ‘cinco’. Eu botei as mãos na cabeça e não sabia se vibrava, tremia ou chorava. Em seguida, ao invés da moça, foi um rapaz para girar a quarta esfera. Roí as poucas unhas que ainda me restavam. Ele aguardou ela parar de rodar, tirou a bolinha que caiu no funil e levou-a até o apresentador: ‘dezoito’ foi o quarto número. Agora eu vibrava, tremia e chorava ao mesmo tempo. O mesmo ajudante da vez anterior foi rodar a quinta esfera. Dessa vez, ao receber a bolinha o locutor inventou de fazer suspense: mostrou-a para a câmera em vez de pronunciá-la. Fui para frente da televisão, ficando a centímetros dela, sem piscar os olhos: o quinto número foi ‘cinquenta e dois’. Comemorei como se tivesse feito um gol em final de campeonato. Pulei no sofá até suas molas não aguentarem mais. Faltava agora um número para eu me tornar milionário, e esse número era ‘quarenta e oito’. Comecei a sussurrá-lo diversas vezes. O próprio apresentador foi girar a última esfera. A bolinha caiu no funil e parou em suas mãos. Eu me ajoelhei, juntei as minhas, fechei os olhos e ouvi o anúncio daquele último algarismo sorteado: “Quarenta e oito!”.