segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mosaico


Será você
A onda que faltava no meu mar?
O riso que irradia o meu olhar?
A voz que me faz enlouquecer?

Será você
O choro de alegria ao me encontrar?
O verso de um poema a declamar?
O brilho que confunde o amanhecer?

Terá você
O beijo que eu preciso pra dormir?
O abraço carinhoso de sentir?
O cheiro que exalou da flor?

Terá você
Vontade e coragem pra seguir
Comigo, aonde for, e partir
Pra um mundo de amor?

Me dá tua certeza
Vem cá pra mesa comigo jantar
Me traz tua beleza
Que eu faço dela um mosaico no luar

Cadê você?
Que o telefone já não toca mais
E o meu palhaço já não satisfaz
A quem antes sorria por me ver

Cadê você?
E suas cores a me colorir
Meus passos já não sabem onde ir
E o sol desistiu de aparecer

Me dá tua clareza
Vem cá pra cama, vamos nos deitar
Me traz tua beleza
Que eu faço dela um mosaico no luar

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Hora de mudar

Já bate muito vento aqui nesse nosso abrigo
Não sei se esse teto resiste ao nosso conflito
Quem sabe a gente deva tentar e mudar
E ver se ainda convém ficarmos juntos... vejamos bem:
Já faz um bom tempo que isso aqui não é um paraíso
Insultos e surtos constantes
Não temos mais clima de amantes
Alguém vai largar desse jogo... só resta saber quem.
De quem foi a culpa, não sou eu que sei
À essa altura tudo se desfez.
O que eram flores hoje são favores
Nosso arco-íris perdeu todas as cores.
Se antes bons amigos, de rodar a madrugada
Agora nem tentamos uma conversa afinada
Falta o brilho no olhar, sobra frieza na voz
Se um dia fomos um só, agora estamos sós.
A nossa mobília não quer mais esse lar
Não nos olhamos na cama, e nem falamos no jantar
E, cá pra nós, se nosso amor já foi moderno
Hoje tá bem rudimentar.
Eu quero tentar algo novo
Sair do sufoco e me libertar
Só não que meu medo de perder
Seja maior que a minha vontade de ganhar.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Gradualmente, amor.

Do meu peito ecoa o grito. Do meu grito, o meu pedido. Do meu pedido, a minha culpa. Da minha culpa, o meu receio. Do meu receio, a minha dúvida. Da minha dúvida, a desconfiança. Da desconfiança, a insegurança. Na insegurança nasce alguém p'reu segurar. Da mão que me acolheu nasce o agradecimento. Do agradecimento surge a gentileza. Da gentileza surge a aproximação. Da aproximação surge o primeiro contato. Do primeiro, o segundo. E do segundo, o abraço. Do abraço nasce o carinho. Do carinho nasce a lealdade. Da lealdade nasce a traição. Da traição nasce o remorso. Do remorso nasce o choro. Do choro nasce o perdão. O perdão traz a paz. A paz traz a harmonia. A harmonia traz a tranquilidade. A tranquilidade traz a brisa. A brisa traz o arrepio. O arrepio acelera o coração. O coração me lembra o amor.

E o amor me lembra você.

domingo, 9 de agosto de 2009

'Porque metade de mim é amor... e a outra metade também'

Quando percebi já era tarde, já fazia parte de mim.
Traços de um Agosto como outro qualquer, iriam perdurar até o fim.
Eu te conheço pelo 'oi', você me conhece em demasia.
Ah quem me dera todo mundo fosse que nem ti só por um dia.
Trocamos farpas e milhões de sonhos, desabafos e euforias.


Cada segredo é uma história, cada tristeza seguida de glória.
Negra cor que entrelaça, nossos laços fraternais
Com você eu vou pra guerra, em você encontro paz.
Nosso sangue é diferente, nosso abraço tem saudade.
Para sempre confidente, tu és a forma viva da amizade.
Quero te proteger de perto, hoje, outrora e amanhã.
Para sempre minha amiga, desde sempre minha irmã.


Parabéns para nós... =)
Feliz 9 de Agosto, negra. #)