terça-feira, 9 de junho de 2009

Poema quebrado no frio


Hei de colorir sua folha em branco, de pintar seus dias, de reunir as estrelas do céu e pendurá-las no teto da tua sala, como se fossem um lustre de cristal a iluminar suas noites e madrugadas. Hei de usufruir dos teus beijos, de compartilhar seus medos e anseios, de regar o jardim do lado esquerdo do teu peito, que embeleza e exala o cheiro do teu corpo. Hei de estancar o sangue da tua ferida, de te fazer esquecer memórias mal-resolvidas.

Não quero ser o rascunho que teu punho escreveu.
Não quero ser sua decadência; quero ser seu apogeu.

Hei de ser aquilo o que houver. Hei de ter aquilo o que quiser. Hei de fazer de mim o que der e vier.


"E eu, que jamais daria, era o verbo dar dizendo assim: quem dera..."

('Poema quebrado' - Oswaldo Montenegro).

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